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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Entrevista com Valmar N da Silva Pr. da Igreja PinGODaguA




-Fale como foi que nasceu pingodágua...

Nasceu de uma revelação de Deus, daí entregamos tudo a Ele, nossa vida secular, e tudo tá rolando como Ele quer!Essa banda é uma forma de linguagem que usamos para comunicar o quê Deus tem feito com a gente.

-Como foi a a sua conversão, e se quiser falar algo de outro membro...

Cara, me converti numa cachoeira sozinho com o Espírito Santo. Eu era surfista fissurado. Andava de skate e era muito doido. Deus falou comigo, que me queria.Eu embarquei e muitas coisas aconteceram até chegarmos na estaçào PinGodagua!!!!



-Banda, ministério, igreja?

Igreja PINGODAGUA, A BANDA É UM DOS MINISTÉRIOS. Somos uma Igreja móvel.

-Preconceito?

Preconceito é a vontade de explicar e entender algo novo sem ter o trabalho de procurar no lugar certo.Normal para uma sociedade imediatista e medrosa. Não nos encomoda muito. As vezes até nos ajuda, pq divulga mais!!!



-Quem apoiou?

Deus tem colocado muita gente ao nosso lado. Pessoas de igrejas tradicionais, pentecostais, Alternativas e pessoas seculares. Muita gente próxima da gente não entende nossa forma de trabalhar, mas respeita e apoia, por ver que Deus age no meio de nós.



-Qual foi a parada mais louca pela qual vcs passaram?

Uma madrugada, duas semanas atrás, que Deus falou com a gente em inglês, espanhol e português claro. Foi muito doido. Nunca tinhamos vivido isso. Ele falou um monte! Cara! Muito doido!



-Todos gostam muito do som de vcs. mas o som é uma mistureba danada (rsrs)o q vcs pensam para um próximo trabalho, continuar assim, ou seguir uma linha diferente?

Cara, não sabemos.Nosso trabalho é muito livre e intuitivo. Fazemos música para comunicar o Reino e se divertir. E a melhor forma de se comunicar é se divertindo. Os componentes da banda vieram cada um de um meio musical diferente, talvez daí a diversidade. Deus tem falado conosco sobre a junção das culturas, das tribos, tem a ver né?!

-Fale sua impressão pessoal de Jesus.

Um cara ainda incompreendido por nós. Surpreendente, moderno, especial, apaixonante, forte, sensível, corajoso e muito humano, mais do que imaginamos. Claro que Ele é Deus, mas é o cara que vai ter intimidade conosco e juntar o homem a Deus. Isso é muito louco!



-Deixe uma mensagem para os leitores...

Busquem saber quem é na verdade Jesus. Muitas vezes a igreja histórica ou qualquer outra, não tem propriedade para dizer quem é Jesus. Com o coração puro e a vontade verdadeira vc vai descobrir e ter uma vida com significado. Que é o que chamam de felicidade!!!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Cristianismo rimado

Por uma questão de limitação tecnológica, Jonathan me pediu um favor. "Coloca esse vídeo lá no blog?". Claro, pow! Mas ele achou pouco. Uma mãozinha não era suficiente, ele pediu o braço inteiro. E aqui estou, cumprindo o pedido todo: colocando o vídeo e palpitando sobre ele.

Imagens em sephia dão a marcação da fotografia de Belo Horizonte, a Capital das Alterosas, como foi definida pelo quarteto do Rima Sambada. Para quem não conhecia o som, só a batida já impressiona. Mas, além disso, o vídeo traz frames que narram com perfeição o ritmo da capital mineira. Um casamento bem legal com a letra da música. Algo Romeu e Julieta, queijo com goiabada ou, "amineirando", pão de queijo com goiabada.

A música é um alerta contra a nossa frenética ânsia de passar por cima dos detalhes trágicos e dolorosos que habitam grandes cidades. Realidade que eu vejo aqui em Salvador, eles vêem lá em BH e Híbrido vê na carioquíssima Rio de Janeiro. Nós nos entendemos como extensão dos braços de Jah aqui na terra. Portanto, essa realidade deve nos incomodar, inquietar e gerar atitudes, sim!

Aproveitem para pensar e deixar que o Espírito desperte essa profunda mudança de mentalidade.


p.s.: Será um prazer fazer parte dessa família interventiva de agora em diante. Eu também vou dar meu pitaco nesse blog. Yeah!




Sobre Rima Sambada

Por PDR Valentim

Rimas, fé e brasilidade Primeiras gravações do grupo Rima Sambada fazem uma fusão entre rap, música brasileira e cristianismo


“Tambores e Levadas” é o título do primeiro trabalho do grupo Rima Sambada (RS). O EP (Extended Play), fruto de uma parceria com a Xeque Mate Produções, acaba de sair do forno e traz seis faixas que misturam rap e referências rítmicas brasileiras e latino-americanas aos princípios da fé cristã protestante.
O samba e a bossa nova figuram entre as principais influências musicais do quarteto belo-horizontino. A preferência pelos ritmos brasileiros é facilmente percebida nas faixas: “Essa vai para” e “Rima Sambada”. A primeira, um típico samba, destaca-se pela cadência da junção: cavaquinho, ganzá, surdo e tamborim, aliada à peculiaridade das vozes de Glênio, PDR e Vuks (vocalistas do grupo), e a um contrabaixo cheio de swing, executado por Waldir Cunha (participação especial). Já a faixa que dá nome ao grupo destaca-se pela presença de um melancólico “sample” (recorte ou trecho musical) de bossa nova, mas também pela letra, que resume a proposta do Rima Sambada. Nos versos cantados no refrão: “Rima Sambada, tambores, levadas, essência brasileira, frases improvisadas. Aqui me sinto em casa, dinheiro nenhum paga: o som, a vida, a fé e a benção da caminhada”, eles dizem a que vieram.
Criado no início de 2006, o Rima Sambada nasceu de uma vontade comum a quatro rapazes naturais de Belo Horizonte: fazer música, unindo algumas de suas paixões – rimas, percussão e a bíblia. “Tambores e Levadas” se propõe a celebrar essa união sem exaltar, de forma exagerada, a mistura de linguagens ou mesmo defender a criação de um novo conceito artístico.
O cristianismo e a sua influência na vida dos integrantes é tema constante nas letras do grupo, que, além dos três mestres de cerimônia (MC’s), ainda tem em sua formação o percussionista Heron Zanadreis. Mas “Tambores e Levadas” não trata apenas de questões ligadas à fé. Temas recorrentes em letras de rap, tais como: política e críticas sociais, assuntos do cotidiano como amor e amizade ou ainda discussões mais complexas, como a relação do homem com o espaço urbano, também fazem parte do contexto do disco. Na faixa de abertura, “Capital das alterosas”, por exemplo, eles traçam um olhar próprio sobre a rotina agitada da cidade de Belo Horizonte.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Entrevista com Hibrido sobre Hip Hop e cristianismo



1. nome? Igreja? Conversão? Função na Igreja?

Meu nome é Jonathan M.S. Soares aka Híbrido, sou da igreja PinGODaguA, tenho nove anos de convertido, sou Diácono integral e trabalho com plantação de igrejas e formação de lideres.

2. Quando e como foi o seu primeiro contato com a Cultura Hip Hop? Qual dos elementos te atraiu?E como foi visto pela tua congregação?

Meu 1° contato com a Cultura foi aos 13 anos ao som de Racionais e Gabriel Pensador, como meu pai era musico então sempre fui fascinado por tal arte, e foi um processo, do samba ao funk, do funk ao rap e do rap ao Hip Hop, todas as manifestações sempre me chamaram muita atenção mas meu dom me fez voltar para o rap, que é a musica do Hip Hop. Na comunidade em que me converti e na que congrego hoje sempre tivemos uma visão mais ampla do evangelho, do qual incentivamos nossos irmãos a desenvolver suas habilidades e transformá-los em dons, então nunca tive muitos problemas com relação a isso, muito pelo contrario, sempre fui muito incentivado!

3. Como articula a cultura Hip Hop com a Cultura Bíblica?Considera-se um Levita? Para quem canta?

A Bíblia nos dá dicas existenciais simples, objetivas, que nos leva a ter uma vida saudável e uma conduta digna de arrependimento. Por outro lado na pratica esse ensino parece um grande emaranhado de informações complexas em um dialeto desconhecido, a disposição de pessoas comuns. Uso minha musica para traduzir isso de forma que as pessoas entendam, não apenas levando a palavra de salvação mas também mostrando essas informações que nos trazem uma qualidade de vida, todas as minhas musicas por mais que não tenham explicitamente o “me mata Jesus” tem conceitos cristãos! Não sou um levita porque não sou da tribo de Levi! Não vejo Jesus e nenhum Apostolo fazendo menção a esse ministério, alias Números 1 e 3 mostram o trabalho e as exigências de Deus para ser um Levita, se alguém quiser viver segundo os preceitos da lei que a viva por completo! Eu canto para as pessoas que precisam ouvir a verdade!

4. A diferença entre o Hip Hop secular e o Hip Hop Cristão? Diferenças básicas.

Acho que as diferenças que existem são uma visão de conceitos! Ambos estão ai para denunciarem o que esta errado, a grande diferença que o Hip Hop somado ao cristianismo nos dá uma verdade salvifica através da revelação de Cristo, mas não é apenas falar de Cristo porque temos vários grupos que não são “cristãos” que o fazem, mas é o viver o Cristo que nós pregamos. Essa é a grande diferença, o rap cristão tem que viver o Cristo. 

5. A diferença da figura do Homem Negro no Hip Hop Secular e Hip Hop Cristão?

Penso que não, a questão da raça já transcedeu a questão cultural, essa diferença já ficou nos “guetos” da cultura.

6. Em sua opinião como a cultura Negra é vista no Brasil tanto no seio da sociedade e das Igrejas?

Penso que ainda estamos muito na defensiva se automagoando, nossos escudos de defesa por precaução estão armados ainda! Ainda vejo muita gente tentando se justificar, tentando mostrar que temos orgulho da nossa etnia, mais esse excesso nos faz mal e inconscientemente magoa pessoas de pele clara! Vejo comunidades no orkut com o título “Negros Cristão” e ninguém pode falar nada sobre isso, mas tenho certeza que se algum negro encontrar uma comunidade chamada “Brancos Cristãos” se sentirá ofendido e excluído, e vai querer entrar lá e começar a se “justificar”. A alguns dias atrás estava no Recreio dos Bandeirantes aqui no Rio e um senhor negro começou a falar comigo sobre discriminação, que temos que estudar e trabalhar pra mostrar que não somos inferiores... eu deixei ele desabafar e no fim disse a ele que esse preconceito já tinha acabado! Ele se indignou! Voltou a insistir e disse que eu era um louco! Quando ele terminou de falar eu disse a ele o seguinte:

___ Sabe quando esse sentimento de discriminação acabou? Quando entendemos que somos aceitos por Deus, depois disso nenhum julgamento dessa terra tem sentido para nós.

Assim acabou o dialogo!

7. Como a mulher é vista na Cultura Bíblica e na Cultura Hip Hop?

Bem, segundo a Bíblia é difícil se fazer essa análise porque muitas coisas tinham a ver com o costume da época, e outras recomendações eram para situações especificas, uma coisa é certa, deram muita importância ao âmbito de ter filhos e se esqueceram que ela foi formada para ser nossa ajudadora! E hoje penso que não esta muito diferente, mesmo na cultura Hip Hop as mulheres continuam sendo um produto de consumo dos homens, mas hoje muitas delas tem suas parcelas de culpa nisso! A falta de valorização vem dos dois sexos. Já fui a alguns shows de grupos que em suas letras valorizam a mulher, mas em seus shows as mulheres são praticamente “parte do cachê”, como o Charles MC diz “traem suas mulheres e filhos por prostitutas, traem o próprio povo mentindo de novo...”

8. A sua Igreja utiliza a  Cultura Hip Hop(todos os elementos) para o evangelismo?Se for o caso, onde é esse campo missionário?

No PinGODaguA temos a Intervenção Crew que faz trabalhos sociais, humanitários e evangelismos na comunidade da Nova Palestina em Santa Cruz RJ, e movimentos de incentivo a doação de sangue, medula óssea e plaquetas. Introduzimos a cultura Hip Hop sempre aos trabalhos para fazer essa ponte e mostrar que o Hip Hop pode e quer estar engajado nesses trabalhos de ajuda e evangelismo da comunidade.

9. Para ti existe alguma ligação do Senhor Jesus Cristo com um MC?

Com certeza! O papel do mc desde o inicio foi entreter, mas também ser um profeta da verdade, se manifestando e abrindo os olhos do povo para as mentiras que estão sendo propagadas, e que tem ferido nosso moral, nossos valores e por conseqüência nossas vidas.

10. Como é visto DEUS na Cultura Hip Hop Cristão?Branco, Negro?

No Hip Hop que tem conhecimento das escrituras Ele tem que ser visto como um Deus que é Espírito, que não tem cor, da mesma forma que não tem braços ou pernas! João 4:24 diz que Deus é Espírito e Colossenses 1:15 diz que Jesus é a manifestação visível do Deus invisível. Então é impossível ter uma definição do Criador, qualquer tentativa é equivocada e exclui o próximo.


Por: Afronaz Kauber Afer

Para: Monografia Ritmo e Poesia: Entre o Culto e o Espetáculo